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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O narrador da história "Memórias de um sargento de milícias"

Oi pessoal!
Desculpem pela "sumida"... É que o tempo é curto. A escola exige muito da gente.
Bom, mas o que importa é que estou de volta e com mais curiosidades para vcs.
Espero que continuem visitando e comentando.
Obrigada a todos pelos comentários!
E lembrem-se que estes serão sempre bem-vindos...
Beijos! E até a próxima... ;)
O narrador

Algumas marcas da “excentricidade” devem ser assinaladas: O narrador é neutro e mantém-se eqüidistante, como um observador curioso, divertido e, algumas vezes, intrometido. Não há a tensão bem X mal, ninguém é herói, nem vilão; é um “romance sem culpa”, sem dramas morais. As camadas populares são privilegiadas e, apesar de seus apertos e infortúnios, ninguém trabalha.
É uma malandragem meio idílica, que escamoteia as diferenças sociais extremas. São omitidos tanto o trabalho escravo, ainda sustentáculo da produção, como a elite cortesã e burguesa.
O tom humorístico substitui o sentimentalismo e o ufanismo; o realismo ingênuo, espontâneo (não-programático), registra cenas vulgares,
nada poéticas.
A linguagem é coerente com o seu objetivo: norma culta, em estilo jornalístico, prosaico, sem afetações. Nos diálogos, incorpora, algumas vezes, o registro coloquial do falar da época, eivado de lusitanismos, solecismos e outras “anomalias”.
É um anti-herói, malandro, oportunista, que se aproxima do pícaro espanhol pela bastardia, pela ausência de uma linha “ética” de conduta, mas, diferentemente do pícaro espanhol, não é ele, Leonardo, quem relata suas peripécias. Além disso, não chega a ser um “excluído”: nunca trabalhou, teve sempre o amparo do Barbeiro, da Comadre e de outros e, por fim, também se arranja, e muito bem, com status” de sargento e cinco heranças no bolso. É um genuíno malandro que deu certo.

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